Postagem a pedido do vizinho Claudio Darwin

SÓ ÁGUA MINERAL E BISCOITO NÃO GARANTE UMA BOA ASSEMBLÉIA.

Mais uma vez o resultado da última assembleia (l6/08)  foi altamente negativo para o Condomínio. Discussões, ofensas pessoais e ameaças físicas foram a tônica da reunião. O resultado final de tudo, é uma população condominial dividida. O que era apenas divergência de ideia, ganhou contornos de   uma desforra pessoal.

Com o clima de animosidade criado, as possibilidades de ganhos  reais para o Condomínio, são muito baixas, para não dizer nulas. Mais uma vez, todo este imbróglio possivelmente acabe na mesa de um juiz. Se isto ocorrer, caberá a  justiça  resolver problemas de pequenas proporções que fermentados num clima de pressão emocional,   tornaram-se bem maiores. Se antecipadamente soluções simples houvessem sido consideradas, os pequenos problemas possivelmente continuariam a ser apenas pequenos problemas.

Há muito as sucessivas direções do Condomínio,  que tem a responsabilidade de administrar, demonstram no mínimo, ser muito cerimoniosas ao tentar aplicar técnicas administrativas, comuns na área de gestão. Estas tentativas empíricas, além de não estarem respaldadas em conhecimentos teóricos, já não condizem nem intuitivamente, com o atual tamanho do Condomínio. 

Vejamos o seguinte: A direção do Condomínio, a não ser que desejasse realizar uma assembleia tumultuada, coisa que sinceramente não acredito,  não podia em sã consciência, entender que seria possível  abordar decentemente todos os itens da pauta, num horário noturno, em um dia de semana. No conjunto pode-se dizer que ela era quase uma peça de ficção. Afinal, a assembleia não pode ser apenas uma mera caixa de ressonância dos atos da administração. Ela tem todo o direito de discutir e questionar, e isto toma tempo.

Desconhecendo talvez, a influência das leis heurísticas de Murphy, numa situação destas, a direção única responsável pela organização da assembleia,  colaborou de sobre maneira, para o  resultado negativo da mesma.

O sistema de som oferecido aos participantes foi de baixíssima qualidade. Com apenas um microfone a disposição,  e uma caixa de som que não favorecia a boa audição, só  fomentou o  desentendimento entre os participantes.

Já para a apresentação das contas, foi oferecido um dispositivo de projeção, que não facilitava em nada ao encarregado da apresentação e muito menos para quem desejasse visualizar, entender e questionar. 

Quanto o item da pauta que tratava da eleição, deixava dúvidas. Ele não esclarecia suficientemente qual seria o sistema a ser usado (chapa ou avulso). Como a utilização simultânea dos dois sistemas parecia a todos uma missão quase impossível, essas dúvidas certamente forneceram combustível para aumentar o clima de insegurança entre os participantes da assembleia.  

É bom ainda frisar, que sobre eleição, a direção do Condomínio, recebeu a título de colaboração uma sugestão sobre um novo Sistema Eleitoral para que fosse discutido e avaliado. Entretanto, de parte da direção, não houve a menor manifestação a respeito.

O que fica difícil de aceitar e entender, é que os condôminos, não possam contar com condições e estrutura adequadas, que lhe permitam expor suas ideias e clarear suas dúvidas. Afinal são eles que arcam com todas as despesas e são os verdadeiros donos do Condomínio. O que certamente muitos perguntam, é o seguinte: Será que com a arrecadação do Condomínio, que já ultrapassa um milhão e duzentos mil reais anuais, não permite colocar a sua disposição melhores condições?

Será que um Condomínio, que movimenta estes valores, não tem capacidade de contratar uma empresa conceituada de auditoria contábil, para dar o seu parecer técnico a respeito da prestação de contas, e assim evitar atritos desnecessários? Será que atitudes claras, simples e objetiva não poderiam colaborar para um melhor resultado das Assembleias.

Agora, não é bom iludir-se com a ideia mágica, de que uma vez encontrada soluções que ofereçam uma melhor estrutura, além de “água mineral e biscoito”, todos os problemas estarão resolvidos, e as assembleia serão tranquilas e altamente proveitosas. Ledo engano de quem pensa assim. Enquanto as famosas “procurações”, que atualmente podem determinar quem tem o direito de exercer o “grande” poder de comandar o Condomínio, não forem respaldadas ou rejeitadas pelos condôminos, os atritos serão inevitáveis. Um sistema que possa colher a manifestação formal dos condôminos a respeito do assunto, tem que ser o objetivo comum de  todos, pois enquanto não houver uma posição definitiva a este respeito, quem vai sair sempre perdendo é o Condomínio Cantegril Fase II.

Claudio Darwin

Rua Pau Brasil, 543

Cond. Cantegril II

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Grupo MaisCantegril)